“Todo projeto que for bom para o nosso povo eu irei aprovar, pouco importa quem seja o prefeito”, dispara Sandro Moreira

O clima de embate politico que ronda a cidade de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador tem ficado cada vez mais notório. Com a proximidade do período eleitoral e consequentemente o final do mandato do atual prefeito Diógenes Tolentino,  a tensão e o desespero entre o alcaide e sua base aliada já começa a tomar conta da cidade.

Discursos calorosos, manipulação de informação e propagandas enganosas estão entre as manobras articuladas pela gestão, no sentido de se perpetuar no poder. Mas, pelo que parece, a população local está a cada dia mais “politizada” e uma grande massa de eleitores já promete dar a resposta nas urnas, em outubro de 2020.

Ao longo dos quase 30 meses de gestão, a administração do prefeito Dinha se apoiou na desculpa de que “a cidade não cresce por causa da gestão passada”, como se isso pudesse lhe eximir da responsabilidade de gerenciar o desenvolvimento do município nos seus quatro anos de mandato.

Outra frase que já se tornou jargão e que rotineiramente é usada pelo grupo do prefeito Dinha é que “o ex-gestor Eduardo Alencar deixou uma dívida de mais de 300 milhões para Dinha parcelar” e essa é a causa de todos os problemas da cidade, inclusive da ingerência da arrecadação que coloca o município entre os sete mais ricos do estado.

Em entrevista na semana passada, Dinha resolveu direcionar sua fala ao vereador e líder da oposição na Câmara, Sandro Moreira (PSL) dizendo que o edil está entre os parlamentares que reconhecem a existência da dívida, inclusive votando em favor do parcelamento, como se isso desabonasse o papel do vereador no parlamento municipal.

Em virtude disso, a reportagem do Tabuleiro Baiano entrou em contato com o vereador, para esclarecer o seu posicionamento diante da fala do prefeito. Em um bate-papo exclusivo, Sandro contou que de fato assinou os parcelamentos, por entender que seria algo positivo para o município.

“Todos os projetos que foram para Câmara, estando no primeiro biênio quando eu fui presidente da Comissão de Justiça e agora no segundo biênio que forem para Câmara até o termino do meu mandato, sendo legalmente constituídos e tendo um cunho de melhoria e de esperança de melhoria para o nosso povo, tenha certeza que eu irei continuar assinando, ainda que seja líder de oposição. Pouco importa para mim quem é o gestor, se ele estiver tentado fazer algo que seja bom para o município, eu estarei de acordo sempre”, defendeu Moreira.

Ainda em sua fala, Sandro salientou que não se trata de uma dívida deixada exclusivamente pelo ex-prefeito Eduardo Alencar, mas por praticamente todas as gestões anteriores, como bem sabe Dinha, que também já ocupou cargo de vice-prefeito na administração de Edson Almeida.

“Eu assinei e aprovei o projeto que trata da busca de empréstimos para pagar dividas de gestões anteriores, não só da gestão de Eduardo Alencar, ou seja, quando a gente fala de gestões anteriores está abrangendo outras demais gestões e não necessariamente a de Eduardo Alencar.”

Segundo Sandro Moreira, como parlamentar, ele só não vai permitir irregularidades dentro da gestão pública municipal e tudo que fugir dos princípios éticos e morais relacionados ao Executivo, ele, na qualidade de vereador irá fiscalizar e intervir.

“Eu não vou admitir falcatrua, ilicitudes nem nada de errado dentro da gestão que seja do meu conhecimento e esse é o papel do vereador. Quando o projeto de lei tem falhas técnicas ou erros jurídicos eu vou apontar, como já apontei vários, inclusive fazendo pareceres em separado, na qualidade de presidente da Comissão de Justiça”.

Para concluir, Moreira revelou que, embora tenha sido favorável aos parcelamentos das dívidas para a tomada de empréstimos, ele não acredita que a Caixa Econômica irá liberar esses subsídios, haja vista que, o município continua com o nome no CAUC.

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