O vice-prefeito e secretário de Cultura da cidade de Simões Filho, Sid Serra, anunciou, em evento realizado no pavilhão do fogo simbólico na última semana, que o aniversário de emancipação política do município será comemorado com uma grande festa, aberta ao público, com shows musicais.
De acordo com o secretário, o prefeito Diógenes Tolentino já confirmou a realização da festa, embora há quatro meses a cidade tenha declarado estado de emergência em decorrência das chuvas que assolaram o município no mês abril, transbordando os canais e provocando alagamentos.
O anúncio antecipado da festa de aniversário, que é comemorado no dia 07 de novembro pegou aos simõesfilhenses de surpresa e dividiu opiniões, especialmente pela situação de decadência que a população enfrenta, no que se refere aos serviços básicos como, saúde, transporte e educação.
“Enquanto o hospital está literalmente entrega às baratas e sem nenhum medicamento, o prefeito vem com essa história de festa. Não tenho nada contra os festejos populares, mas diante do caos que nós estamos passando, eu preferia que ele investisse em remédios e material hospitalar, porque faz vergonha chegar em uma unidade de saúde e não ter gaze para fazer um curativo”, revelou a dona de casa Antônia dos Santos, moradora do bairro Cia 1.
De acordo com a munícipe, após sofrer um pequeno corte na mão e não poder contar com o serviço de atendimento básico de saúde por falta de material, é praticamente inaceitável que a prefeitura realize festas e obras mal feitas, apenas no sentido de agradar uma parte da população que se satisfaz com a política do “pão e circo”.
“Chega a ser ridículo um negócio desses, mas tenho certeza que no dia da festa a praça vai estar cheia, porque, infelizmente, muita gente se contenta com pouco e esquece que é obrigação da prefeitura garantir cultura, lazer e diversão, mas também prover o básico e o necessário para oferecer o mínimo de dignidade à população prioritariamente”, disse ela.
Não bastasse os problemas citados por dona Antônia, outro fato tem tirado o sono de quem realmente se preocupa com o desenvolvimento do município. A prefeitura não tem condições de manter em pleno funcionamento as unidades de saúde, mas recentemente contraiu uma dívida no valor de R$ 25 milhões, para executar obras de infraestrutura ainda antes do período eleitoral.
Também de acordo com o Tribunal de Contas, nos últimos dois anos foram licitados cerca de 20 milhões para os serviços de infraestrutura, que em sua maioria ainda não foram concluídos ou precisaram de reparos imediatamente após o termino da obra.
Há quem diga que a gestão de Dinha caminha para carimbar a história de Simões Filho como uma das mais ineficientes e irresponsáveis com o uso do dinheiro público e para quem prometeu que seria a gestão da mudança, é inevitável ver a frustração no olhar de quem o elegeu.
