Um sargento da Polícia Militar, lotado na 22º Companhia Independente, em Simões Filho (RMS) revelou, na manhã da última quinta-feira (11/07) através de um áudio enviado a diversos grupos do aplicativo WhatsApp, que tem recebido ligações constantes com ameaças de morte.
De acordo com o militar, as perseguições e ameaças se deram a partir de uma denúncia formulada por ele, junto ao Ministério Publico da Bahia contra o prefeito de Simões Filho, Diógenes Tolentino, que resultou em um inquérito civil, para apurar irregularidades na contratação de empresas de publicidade com gasto excessivo do dinheiro público.
Em sua fala, Sargento Santos, como é conhecido, comenta que as ameaças estão sendo proferidas por seguidores do chefe do Executivo Municipal, que não se conformaram com a denúncia. Contudo, o policial ressalta que não se deixará intimidar.
“Eu quero deixar bem claro aí a todos os puxa-sacos da atual gestão, que não se conformaram com o inquérito que foi aberto pelo Ministério Público através da improbidade administrativa cometida por Dinha, que eu não tenho medo de morrer não. Eu nunca vou me curvar para o mal, nem para as coisas erradas desse país, nem do estado, nem se cidade nenhuma”, disse ele.
De acordo com Santos, o prefeito Dinha estava acostumado a ver a população se conformar com as irresponsabilidades cometidas cotidianamente por sua administração e por causa disso, os seguidores do alcaide, insatisfeitos com a ação, resolveram tirá-lo do caminho através de ameaças.
“Dinha tem que pagar pelo que ele fez. Eu não estou pedindo nem que casse ele, eu estou pedindo que ele entenda que o povo de Simões Filho não é o calango que fica em cima do muro balançando a cabeça e aceitando tudo que ele faz”.
Na gravação, o militar expõe que tem recebido mensagens jurando de morte tanto ele quanto seus familiares, porém, de maneira muito tranquila e até descontraída, diz que a única coisa que ele teme na vida são as injustiças.
“Não adianta ficar mandando mensagem, dizendo que vai me matar, que vai cortar minha cabeça, que vai matar não sei quem. Não tenho medo de morrer, isso aí esqueça. Eu tenho medo de me encurvar para as injustiças, porque a folha só cai quando Deus permite. Pra me matar tem que ser homem. […] eu fiquei até hoje na polícia e estou vivo depois de tudo que eu passei não foi à toa, foi porque Deus permitiu.
Santos declarou ainda que não pode se calar diante de tanto descaso das gestão para com as comunidades mais necessitadas, inclusive onerando os cofres públicos com propagandas enganosas e outros gastos desnecessários.
“Não liguem não que estão perdendo tempo, vocês não estão lidando com um homem que tem medo de morrer. Eu tenho medo de ficar vivo e ver as injustiças sendo feitas dentro da minha cidade, vendo o dinheiro público saindo pelo ralo, vendo as comunidades na lama e ficar calado. Isso aí eu não vou ficar calado”.
Por fim, o policial, que também é bacharel em Ciências Políticas manda um recado direto para os ameaçadores, que por sinal ele não acredita terem sido enviados diretamente pelo prefeito Dinha.
“Eu quero mandar um recado para esses amantes, porque tenho certeza que não foi Dinha que mandou me ameaçar, mas desses apaixonados que vivem nas custas da prefeitura, ficam mandando ligação, mandando recado, não tenho medo, não percam seu tempo, porque vocês estão lidando com um homem de verdade, um homem que não tem medo da morte.