Nos dois últimos anos, a Prefeitura de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS) licitou aproximadamente vinte milhões para a execução de obras de infraestrutura no município. Contudo, a população continua literalmente, vivendo na lama.
A reportagem do Tabuleiro Baiano esteve na tarde desta quinta-feira (22/08), acompanhando de perto as dificuldades enfrentadas diariamente pela comunidade do bairro KM 25, onde a maior queixa da população é a falta de pavimentação e saneamento.
Recentemente, a prefeitura propagou a pavimentação de um conjunto de ruas na localidade, além de serviços de drenagem, preparação do solo, requalificação de calçada/passeio, meio-fio, sinalização horizontal e nova iluminação. Mas a realidade registrada hoje por nossa equipe comprova que, a população não está tão contente quanto o mostrado no marketing preparado pela equipe de comunicação do prefeito Dinha Tolentino.
Aliás, todas as obras realizadas pela prefeitura nos últimos meses estão sendo desaprovadas pela própria população, que, além de identificar a péssima qualidade do serviço prestado, também classifica as ações como “atividades eleitoreiras”, que estão sendo realizadas às pressas, no desespero de quem pensa em uma provável reeleição, como revelou o líder comunitário Patrício Santana.
“A cidade de Simões Filho está sendo maquiada. Esta é uma das marcas da gestão de Dinha. O prefeito entrega obras na mão de pessoas que não fazem da maneira correta. Eu acompanho algumas obras nas ruas aí e vejo que as coisas estão sendo feitas de qualquer jeito. Tem pessoas com salários altos de seis, dez mil que não sabem nem o que é um Prumo de Centro e trabalham na área de construção. As próprias pessoas que acompanham Dinha estão queimando a gestão e eu não sei se ele será reeleito”, comentou Patrício.
De acordo com o líder comunitário, os moradores do fim de linha do Km 25 são os que mais sofrem com a falta de pavimentação. No entorno do campo, por exemplo, onde a comunidade pretende construir a sede da associação de moradores, o local fica tomado pelo barro e pela lama a cada vez que chove.
“Sair daqui na chuva é complicado. Quando chove você tem que sair com uma garrafinha de água debaixo do braço até chegar na parte asfaltada, para lavar os pés ou então sair com um saco calçado por cima do sapato. O que eu queria saber, porque eles não trabalham antes de começar as eleições? Véspera de eleição começam as obras”.
Ainda segundo Patrício, a comunidade solicitou uma reunião com o prefeito para pedir as obras de contenção e retirada do barranco que ocupa o lugar onde será construída a sede, mas o prefeito alegou que está realizando obras em outros bairros da cidade e no momento não tem como disponibilizar uma equipe para iniciar o serviço.
Preocupados com as chuvas que encerram o período de inverno e pensando em aproveitar os dias de estiagem, a comunidade se reuniu e pagou com recursos próprios duas diárias de uma retroescavadeira para começar a retirar o barro, ainda que sem nenhuma garantia de que a prefeitura dará continuidade ao trabalho.
Acho que o Sr. Prefeito não será reeleito. A sua equipe está atrapalhando a gestão. Obras de má qualidade só fazem aumentar o rombo dos cofres do município.