Por: Informe Notícias
Mais uma situação lastimável marcou a sessão ordinária na Câmara de Vereadores de Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador (RMS). Uma mãe desesperada reivindicando a saúde de sua filha, internada em estado grave, entre a vida e a morte.
Após a abertura oficial dos trabalhos dos edis, finalizada a leitura de um versículo bíblico, como é de costume na plenária, o público presente foi surpreendido pela fala de dona Lindinalva que em voz alta e segurando um porta retrato com a foto de sua filha, pronunciou um desabafo.
“Minha filha está vindo a óbito, já deu duas paradas cardíacas”, disse ela em tom de desespero. Após ser orientada pelo presidente da Casa a baixar a voz para não prejudicar o andamento da sessão, a munícipe ainda se dirigiu aos edis cobrando explicações pelo prefeito Diógenes Tolentino “ter substituído a antiga secretária de Saúde, Maria Betânia, por uma enfermeira”.
Ainda sob orientação do presidente Orlando de Amadeu, os vereadores Cleiton Boly Boly e Everton Paim, representando a Comissão Permanente de Saúde, acompanharam a cidadã até o lado externo da plenária para ouvi-la e direcionar sua denuncia.
Minutos depois, já um pouco mais calma, dona Lindinalva chegou a conversar com a imprensa local, revelando o que de fato aconteceu com sua filha, a jovem Bruna Silva Rocha, de 22 anos. Segundo ela, a garota deu entrada no Hospital Municipal no feriado da Sexta-feira Santa, com sintomas similares ao da Dengue, mas teve o teste rápido negado pelo médico plantonista.
Sem o diagnostico exato e ainda com muita febre e dor, a paciente teria sido liberada, mas horas depois, já em estado crítico foi levada por vizinhos a uma unidade de saúde da capital baiana, onde foi diagnosticada com leptospirose conforme contou a mãe.
Ainda bastante abalada, a mãe revelou que o quadro de Bruna se agravou e após sofrer duas paradas cardíacas, a jovem permanece internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital em Cajazeiras.
De acordo com Lindinalva, o caso de Bruna reflete o caos na saúde pública de Simões Filho, pois acredita que, se a jovem tivesse sido devidamente examinada no Hospital de Simões Filho, onde recebeu o primeiro atendimento, seu quadro talvez não tivesse se agravado tanto e sua vida pudesse ser poupada.
