As contas na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) continuam sendo alvo de críticas da oposição. Nesta quarta-feira (31), o deputado estadual Targino Machado (DEM) decidiu soltar o verbo contra a gestão do ex-presidente da Casa, atual senador, Ângelo Coronel (PSD). Ele denuncia que a “herança maldita deixada pelo pessedista”, pode fazer com que falte “recursos para custeio da máquina”. Em entrevista ao site BNews, Coronel negou que tenha deixado rombo milionário e reiterou que fez “uma gestão das mais austeras da história da Assembleia”.
Conforme Targino, líder da oposição na ALBA, apesar dos esforços empreendidos pelo atual presidente, o deputado Nelson Leal (PP), para sanear as finanças, continua Targino, o buraco das contas é abismal. “A situação é caótica, com indenizações de funcionários no prego, despesas sendo pagas em doses homeopáticas com risco iminente de faltar recursos para pagamento de pessoal, isso muito em breve. A herança foi maldita”, disse.
Segundo o oposicionista, “isto em função da administração imprudente do ex-presidente Ângelo Coronel, aliás, único presidente do Legislativo estadual a trilhar o caminho do descompasso administrativo, promovendo uma verdadeira gastança com os recursos públicos, a ferir de morte o orçamento da Alba”, disparou.
Ao tomar ciência da crítica de Targino Machado, Coronel rebateu. “Quem tem q falar se existe déficit orçamentário e o valor para 2019 é o atual presidente Nelson Leal que conhece bem o orçamento da ALBA já que foi o relator das últimas gestões. Fiz uma gestão das mais austeras da história da Assembleia”.
O senador apontou, no entanto, alguns gastos que ocorreram fora do orçamento previsto. “Ao meu ver o único item fora do previsto foi a aprovação do “Plano de Cargos e Salários dos servidores efetivos e aposentados, que ganhavam salários aviltantes. Fizemos questão de dar dignidade aos servidores da ALBA”, disse.
Coronel citou ainda o acordo feito com o sindicato para evitar que a ALBA fosse executada em R$2 bilhões, fruto de ação antiga, já em fase de execução. “O acordo foi efetivado judicialmente por R$600 milhões para pagar aos funcionários em 15 anos com isso a Casa e o próprio governo deixará de pagar esse elevado débito gerado antes da minha gestão”, explicou.
O ex-presidente se defendeu das acusações de má gestão. “Tenho a consciência tranquila dos meus atos e a aprovação popular da minha gestão, principalmente pelas ações sociais desenvolvidas, sem dinheiro público, jamais visto na história da Casa. Ressalto que o déficit orçamentário de qualquer dos poderes sempre foi negociado no final do exercício com o Executivo e nunca teve problemas de fechamento das contas, não deverá ter esse ano”, completou.