Gerir uma cidade com mais de 140 mil habitantes não deve ser uma tarefa fácil, sobretudo quando o gestor local resolve “meter os pés pelas mãos” fazendo uma atrapalhada atrás da outra e, o pior, sendo desmascarado diariamente pelos seus próprios eleitores.
Esse é o típico caso que descreve o cenário atual do município de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Dia após dia, o prefeito Diógenes Tolentino (MDB), popular Dinha perde mais prestígio e ganha descredibilidade, por conta das diversas irregularidades que compõe a sua administração.
Casos de nepotismo, contratos milionários sem a execução do serviço, licitação de transporte encerrada por falta de concorrência estão entre as situações que caracterizam o fracasso da gestão da Boa Terra, Boa Gente, como diz o slogan da prefeitura.
Como se não bastassem os fatos já citados, outro tão grave ou até pior explica o porquê que, tanto o prefeito como os vereadores de sua base aliada, a exemplo do presidente da Câmara, Orlando de Amadeu fazem firulas e rebuliços quando o assunto da vez envolve a empresa Naturalle Tratamento de Resíduos. Isso mesmo, a Naturalle, aquela empresa que, “no apagar das luzes” começou a gerenciar um aterro sanitário em uma Área de Proteção Ambiental (APA) em Simões Filho.
Embora a empresa tenha total respaldo para operar o “lixão”, com as bênçãos do prefeito Dinha, ele e sua base usam sempre a desculpa de que a tal licença municipal foi liberada em dezembro de 2016, ainda na gestão do ex-prefeito Eduardo Alencar. E de fato a licença foi liberada neste período, o único problema é que a atual gestão se esqueceu de pontuar alguns aspectos desse fato, que por sinal iremos fazê-lo agora.
O primeiro ponto é que a licença liberada em dezembro de 2016, válida por até 03 anos estava sujeita a 20 condicionantes, a maioria delas por sinal deveria ser apresentada pela empresa em um período de até 30 dias após a concessão da licença, para que a mesma tivesse validade plena ou não.
Ou seja, o gestor que assumisse a prefeitura em janeiro de 2017 teria, por obrigação fiscalizar a Naturalle para verificar se a empresa obedeceu às condicionantes estabelecidas no momento da concessão temporária da licença, para então determinar a validade dessa concessão.
Contudo, coincidentemente, neste mesmo período, mais precisamente em 18 de janeiro de 2017, o prefeito Dinha nomeou através do decreto Nº 132/2017, com efeito retroativo ao dia 02 do mesmo mês, o senhor Sebastião Araújo Reis de Santana, ao cargo de Chefe de Gabinete da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente.
Mas quem é o senhor Sebastião? Esse é o segundo ponto que o prefeito esqueceu de mencionar. De acordo com fontes seguras ligadas ao Tabuleiro Baiano, Sebastião Araújo é antigo funcionário da Naturalle, que por sua vez participou ativamente do processo de implantação da empresa no município.
E aí cabem alguns questionamentos: Teria o prefeito Dinha alguma ligação com a empresa Naturalle antes mesmo de assumir a prefeitura? A nomeação do ex-funcionário da empresa teria de algum modo facilitado a permanência da mesma na cidade e o início do funcionamento do lixão? O conhecimento técnico do então chefe de gabinete ajudou a empresa a atender as condicionantes estabelecidas na concessão da licença para que esta se tornasse apta a operar no município?
Esses são questionamentos que talvez nunca sejam respondidos, mas que fazem o cidadão simõesfilhense refletir sobre, como sua capacidade mental e inteligência estão sendo subestimadas pela atual administração municipal.
Assim como estes, outros tantos fatos pitorescos que envolvem grandes coincidências ou pequenas “atrapalhadinhas” da gestão da Boa Terra virão à tona. Até lá, fiquemos com os fatos de agora, preocupados em descobrir os mistérios que permeiam a relação entre Naturalle x Prefeitura.
Perfeita reportagem, deixando claro que estamos vivendo a gestão dos interesses pessoais e dia apadrinhados. Mais essa não foi a bandeira usada por DIÓGENES TOLENTINO. Os 37mil eleitores que o elegeram acreditaram numa mudança, numa gestão transparente e honesta. Agora cabe a população se unir aos que estão lutando para combater os desmandos e absurdos dessa gestão. O fim do lixão NATURALLE é uma delas vamos juntos defender o nosso meo ambiente, pois o mesmo é vida.
Vamos apoiar a defesa do nosso meio ambiente, afinal nossa sobrevivência depende dele. Parabéns equipe perfeita reportagem
Isto é surreal. Como no primeiro mandato um gestor faz questão de não se reeleger? Ele está pedindo impeachment. Penso que devemos fazer a sua vontade. Incompetência é o nome desta gestão.