Após denúncia de vereador, prefeito Dinha pode responder processo por improbidade administrativa

Um inquérito civil para investigar possíveis atos de improbidade administrativa na Prefeitura de Simões Filho foi aberto pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA), através da 4ª Promotoria de Justiça do município. A informação foi publicada no Diário Oficial da Justiça, na manhã desta quarta-feira (03/04).

O inquérito foi aberto a partir de uma denuncia protocolada pelo vereador e líder da bancada de oposição, Sandro Moreira (PSL) em outubro de 2018, com base no artigo 73, VII da Lei 9504/97, que dispõe sobre o limite legal de gastos com publicidade em ano eleitoral.

Em um dossiê preparado pelo parlamentar, anexado junto à denuncia formalizada ao MP, Moreira apresentou indícios prováveis de que o prefeito Diógenes Tolentino estaria utilizando a máquina pública para favorecer a campanha da então candidata a deputada estadual e primeira-dama da cidade, Kátia Cristina, hora eleita.

Entre as ações exemplificadas pelo vereador com documentos comprobatórios estão: Encaminhamentos de “noticiais” de interesse do prefeito para veículos de comunicação (contratados com recursos públicos) com o objetivo de massificar a sua imagem junto ao eleitorado, para beneficiar a campanha da primeira-dama.

Outra possível irregularidade apontada por Sandro é a contratação de empresa para o fornecimento de ornamentação, som, palcos e shows para eventos instituições e festas com o mesmo propósito de massificar a campanha da candidata.

De acordo com Sandro, toda a denuncia foi embasada em fatos que não deixam dúvidas com relação a prática de improbidade administrativa, e que nesse sentido, a apuração do Ministério Público tende a chancelar aquilo que já tinha sido observado por ele.

“Na qualidade de parlamentar, fiscal, representante do povo nós estamos atentos a tudo que ocorre na nossa cidade. Eu não poderia deixar passar despercebida uma oneração desacerbada dos cofres públicos por parte do gestor municipal, no que se refere a campanha eleitoral da deputada Kátia Oliveira. Nós levantamos todas as informações, nos munimos dos documentos probatórios e agora é somente esperar que a justiça seja feita”, disse Moreira.

Nos autos do procedimento em que o vereador requereu a juntada de diversos documentos e informações referentes aos fatos imputados ao prefeito Diógenes Tolentino, Sandro classificou a atitude de Dinha como a “política do pão e circo” em que gastos exorbitantes com publicidade no município mascaram a crise enfrentada na saúde, educação, saneamento básico e segurança pública em toda a cidade.

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