MEC convoca reitores para anunciar projeto de privatização das universidades públicas

O Ministério da Educação (MEC) convocou reitores e pró-reitores de planejamento das universidades federais do país para uma reunião nesta quarta-feira (17/07) para apresentar uma proposta que “possibilita aumentar a autonomia financeira” das instituições.

A pasta ainda não deu muitos detalhes aos convidados, no entanto, sobre quais serão os pontos específicos abordados, mas pessoas ligadas ao setor afirmam que o MEC pretende reduzir a participação da pasta no financiamento, estimulando as universidades a captarem fontes alternativas de recurso, como estimular cursos MBA que possam ser cobrados.

Na última sexta-feira (12), ao anunciar o plano da pasta para a Educação Básica, o ministro da Educação , Abraham Weintraub , afirmou que lançaria “um projeto para reformular e libertar as universidades federais, para que elas atinjam o mesmo desempenho dos países de ponta, no mundo”, ou seja, possam atuar como empresas.

Outras informações divulgadas durante o evento privado organizado por Abraham dão conta que, o projeto prevê também que as universidades deixem de ser administradas sob o regime jurídico de direito público, deixando de ser autarquias e fazendo com que seja implementada uma política de cobrança de mensalidades para cursos gratuitos.

A relação do ministro com as instituições federais é ruim desde o início de sua gestão, quando o ministro afirmou em entrevista que cortaria recursos de instituições que, nas suas palavras, promovessem “balbúrdia “. A crise se agravou quando o governo anunciou um bloqueio de R$7,4 bilhões na Educação, e cerca de 30% do orçamento discricionário das federais foi atingido.

Segundo o governo, as despesas discricionárias correspondem a 20% do orçamento total das universidades — foi sobre esses 20%, portanto, que o MEC aplicou um bloqueio de 30%, o que correspondeu a R$ 1,7 bilhão congelados até que a economia melhore, como argumentou Abraham.

Fonte: O Globo

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