Movimento contra o LIXÃO faz manifestação durante ato cívico em Simões Filho

O movimento ambientalista “Nossas Águas, Nossa Terra, Nossa Gente” mais uma vez levou para as ruas da cidade de Simões Filho a indignação de quem zela pelo município e não compactua com a “cúpula do poder” comandada pela gestão do prefeito Diógenes Tolentino, que prefere fechar seus olhos diante da implantação indevida de um aterro sanitário, em uma área de proteção ambiental (APA) da cidade.

Durante o ato cívico de passagem do Fogo Simbólico pelo Centro da cidade, em alusão a Independência da Bahia, que acontece nesta terça-feira (02 de julho), os manifestantes conseguiram calar o som das fanfarras e dos “fanfarrões” da gestão da “Boa Terra” com os gritos de “Não ao Lixão”.

Mesmo com um número pequeno de manifestantes, o movimento conseguiu chamar a atenção de quem estava na Praça da Bíblia, com faixas e cartazes, fazendo ecoar o som dos oprimidos que, embora não tenham encontrado espaço democrático para reivindicar suas demandadas junto ao chefe do Executivo Municipal, garantem que não se calarão e continuarão defendendo a saída da empresa Naturalle do Vale do Itamboatá, no aquífero de São Sebastião.

Em entrevista exclusiva ao Tabuleiro Baiano, os idealizadores da manifestação comentaram sobre o objetivo do protesto e porque escolheram esta data para ir à praça pública manifestar contra o Lixão.

De acordo com o jovem Kadu, o movimento é de extrema importância não só para mobilizar a cidade, mas também para despertar na população a consciência sobre a gravidade da implantação de um aterro sanitário em uma APA.

“Nós não vamos descansar enquanto essa empresa estiver na cidade, porque nós temos que preservar as nossas riquezas, o nosso ambiente natural, que Simões Filho é rica, por isso que o nome dela era Água Comprida. Deixou de ser Água Comprida para virar Simões Filho, mas ela continua numa terra rica e tendo muita água”, disse ele.

Já a representante da Fundação Terra Mirim, Minah se lembrou que o ex-prefeito e hoje deputado estadual Eduardo Alencar se retratou publicamente por ter iniciado o processo de implantação da Naturalle ainda em sua administração, enquanto o atual prefeito, Dinha, se quer dedicou um horário em sua badalada agenda para receber os ambientalistas em seu gabinete.

“Pelo amor de Deus prefeito. Acorda Dinha, revoga Dinha, seja um cidadão água-compridense . Se você é de origem, se você é de raiz você vai ter que ouvir esse recado e vai ter que sentar com a gente na mesa para negociar. Por que o prefeito não senta com a gente? Cadê os secretários?”, indagou ela.

A líder política Elem Salvador também esteve presente e ressaltou que “é necessário a população entender que esse movimento é uma questão de vida, porque envolve os elementos naturais e todas as pessoas deveriam também estar envolvidas”.

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